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Dossier de artigos da imprensa de 2005


12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

Pode haver um genoma feminino e outro masculino
Clara Barata
Público, 17-03-2005



Análise do Cromossoma X

O padrão de actividade genética pode ser
até 25 por cento diferente entre homens e mulheres


O cromossoma X, que é o cromossoma sexual feminino, pode ser mesmo a chave para as diferenças entre homens e mulheres. Como as mulheres o têm em dose dupla, e os homens apenas um, o padrão de actividade genética feminino pode ser até 25 por cento diferente do dos homens. A diferença pode ser tão significativa que os cientistas que publicam hoje na revista Nature a análise do cromossoma X falam na existência de dois genomas humanos: o masculino e o feminino.
Os cromossomas encontram-se no núcleo de todas as células. São estruturas em torno das quais a molécula de ADN se enrola, e os genes escritos com o código de quatro letras do ADN (A, C, G E T) arrumam-se nesse embrulhinho apertado como um carrinho de linhas. Os cromossomas agrupam-se em 22 pares idênticos, um herdado da mãe, outro do pai. Mas o vigésimo terceiro par é uma carta fora do baralho, formada pelo X e o Y, que é o cromossoma sexual masculino. Se um embrião tiver dois cromossomas X, é feminino, se tiver uma combinação XY, é masculino.
O cromossoma Y é minúsculo, em comparação com o bem nutrido X, mas julga-se que têm uma origem comum: há mais de 300 milhões de anos, eram um par de cromossomas comum, mas sofreram modificações que os tornaram essenciais para determinar o sexo dos mamíferos (nos répteis o sexo do embrião depende da temperatura do ovo).
O cromossoma Y tornou-se um deserto genético - tem só cerca de 100 genes. O X é grande, embora não tenha assim tantos genes como se poderia supor: os mais de 250 cientistas do Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha que o analisaram em pormenor identificaram 1098.
Mas os genes do X são muito importantes. Como os homens só têm uma cópia, são muito mais susceptíveis a mutações. É por isso que mais de 300 doenças foram já relacionadas com o cromossoma X, embora este contenha apenas quatro por cento dos genes humanos. Cerca de dez por cento das doenças mendelianas (doenças hereditárias, causadas por mutações num único gene) relacionam-se com cromossoma X, e são muito mais frequentes nos homens, como o daltonismo, a hemofilia e várias formas de deficiência mental.
Huntington Willard, da Universidade de Duke (EUA), coordenou outro estudo também hoje publicado na Nature, que pretendia avaliar como se dão as mulheres com duas cópias do X. Tradicionalmente, os cientistas acreditavam que um dos X era totalmente desactivado, para que homens e mulheres tivessem a mesma dose das proteínas cujo fabrico é comandado pelos genes. Mas a história não é bem assim: nos anos 80, começou-se a perceber que alguns genes do segundo cromossoma X continuavam activos.
Agora que estão disponíveis dados sobre o genoma que na década de 80 eram apenas um sonho, Willard pôde quantificar os genes que continuam activos e chegou a conclusões surpreendentes.
Ele e Laura Carrel, da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), analisaram o nível de actividade de 471 genes em culturas de células da pele de 40 mulheres e descobriram grandes variações de mulher para mulher. Cerca de 15 por cento dos genes da segunda cópia do X escapavam-se aos mecanismos de desactivação. Em algumas mulheres, outros dez por cento de genes mostravam padrões variáveis de desactivação e diferentes níveis de actividade na cópia do cromossoma que estava silenciada. "Estes dados sugerem uma notável e, até agora, insuspeitada heterogeneidade entre as mulheres", escrevem os investigadores.
"Sabemos agora que 25 por cento do cromossoma X - 200 a 300 genes - pode ser expresso apenas por um dos sexos. Essencialmente, não existe um genoma humano, mas dois - um masculino e outro feminino", afirmou Willard. "Os efeitos dos genes do cromossoma X desactivado podem explicar algumas diferenças entre homens e mulheres que não são atribuíveis às hormonas sexuais", concluiu Laura Carrel, num comunicado de imprensa da sua universidade.

A inteligência como arma do X

Há muitos genes relacionados com deficiências mentais no cromossoma X, e a descoberta de genes implicados em doenças é a forma mais comum de compreender a sua função normal. Portanto, até é compreensível que especialistas no estudo da evolução dêem um grande salto, concluindo que muitos genes relacionados com a inteligência residem no cromossoma X. Na espécie humana, a inteligência e as capacidades sociais são determinantes para o sucesso reprodutivo. Por isso, a equipa de Horst Hameister, da Universidade de Ulm, na Alemanha, sugere que talvez as mulheres tenham desenvolvido um gosto por homens inteligentes muito cedo. De acordo com esta teoria, explicada num artigo na Nature, os genes da inteligência e da preferência pela inteligência evoluíram em conjunto, herdados pela descendência destes casais. E, como a inteligência aumenta as possibilidades de sobrevivência, sem chamar a atenção dos predadores (ao contrário de outras preferências seleccionadas pelo sexo, como a cauda dos pavões), este efeito seria potenciado. Portanto, o cromossoma X seria o motor da selecção da inteligência na nossa espécie. Será isto um exagero sexista? O continuar dos estudos sobre a evolução da humanidade o dirá.

Segunda Dec 11, 2006 1:43 / netxplica.com

Esclerose múltipla terá genoma em 2006
Angela Marques
Diário de Notícias, 18-03-2005



Investigadores identificaram 80 genes implicados em processos da doença

O puzzle do genoma da esclerose múltipla estará completo até 2006. É essa a convicção de um grupo de investigadores do Instituto de Genética Serono, que anunciou, ontem, em Paris, a identificação de 80 genes implicados nos processos inflamatórios e degenerativos da doença como "o passo que faltava" na pesquisa.

"Concluir a investigação em 2006 é um compromisso razoável", assegura Jan Hillert, do serviço de Neurologia do Instituto Karolinska, na Suécia - um dos centros que participa na pesquisa. De acordo com Hillert, um medicamento eficaz para o tratamento da esclerose múltipla - uma doença neurológica que afecta mais de cinco mil pessoas em Portugal - poderá estar disponível dentro de sete anos.

A comparação dos perfis genéticos de 900 doentes e 900 indivíduos saudáveis de três populações distintas - de França, da Suécia e dos Estados Unidos - permitiu à equipa de investigadores do Instituto de Genética Serono (IGS) identificar 80 genes relacionados com a esclerose múltipla. Desses, apenas um era já conhecido. "Entre os outros, surgiram surpresas como a descoberta de ligações à esquizofrenia e à doença de Alzheimer", explicou o vice-presidente do IGS, Daniel Cohen.

"Passados 20 anos do início do estudo deste genoma, é possível olhar para os genes que são actores na doença", explica o responsável. A identificação de 40% do genoma permite, para Daniel Cohen, "acelerar os testes de novas terapêuticas". Isto porque "estamos a falar de pessoas reais com uma doença real, e temos de criar novos programas de tratamento com os resultados que já existem", acrescenta.

A esclerose múltipla é uma doença complexa de diagnóstico difícil. Afecta de forma progressiva o sistema nervoso central, desencadeando um processo de deterioração da qualidade de vida que leva à incapacidade e à invalidez.

Por isso, de acordo com Jan Hiller, o ideal é combatê-la em todas as frentes "É preciso pensar num tratamento que comece quando o doente ainda não se apercebeu do seu problema, noutro a longo prazo e ainda num que repare os mecanismos que falham quando há ataques." Para isso contribui "a comparação do ADN de doentes e pessoas saudáveis", conclui.

Segunda Dec 11, 2006 1:43 / netxplica.com

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