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Dossier de artigos da imprensa de 2005


12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

Cientistas Apelam à Sequenciação do Genoma do Celacanto, o Peixe Mais Velho Que Os Dinossauros
Andreia Oliveira
Público, 12-01-2005



Um grupo de cientistas norte-americanos está a defender a sequenciação do genoma do celacanto, um peixe que é considerado um verdadeiro fóssil vivo: pensava-se que estivesse extinto há 80 milhões de anos, mas foi redescoberto em 1938, ao largo das ilhas Comores, no oceano Índico.

Richard Meyers, da Universidade de Stanford, e Chris Amemiya, do Instituto de Investigação Benaroya, em Seattle, defenderam na edição de Dezembro da revista "Genome Research" que há bons motivos para aplicar as novas técnicas da genómica à espécie "Latimeria chalumnae". Pensa-se que é um parente próximo do peixe que saiu da água e do qual descendem os animais terrestres - seres humanos incluídos.

O celacanto apareceu na Terra há 400 milhões de anos - é mais antigo que os dinossauros, que surgiram há cerca de 220 milhões de anos e desapareceram há 65 milhões.

O peixe descoberto em 1938 tinha cerca de 1,5 metros de comprimento e pesava cerca de 59 quilos. Desde então, cerca de 200 celacantos da espécie "Latimeria chalumnae" foram apanhados naquela zona. Um deles, com cerca de 100 quilos, foi capturado no Canal de Moçambique, com 26 embriões. Dois deles estiveram em exibição no pavilhão de Moçambique, na Expo-98, mas desapareceram misteriosamente.

Em 1998, os cientistas tiveram nova surpresa, ao encontrarem outra espécie de celacanto, na Indonésia, a dez mil quilómetros de distância das Comores, ao largo da ilha vulcânica de Manado Tua. Foi denominado "Latimeria menadoensis". Mas é possível que exista pelo menos uma terceira, também em águas indonésias.

As suas barbatanas, esqueleto e grandes escamas sofreram poucas alterações em relação aos seus antepassados, conhecidos através de fósseis. O facto do celacanto ter evoluído tão pouco, defendem os investigadores, torna-o num alvo de eleição para estudos de comparação entre genomas.

Até agora, foram sequenciados os genomas de cerca de 200 seres vivos - sobretudo micro-organismos, mas também criaturas complexas, como o homem, o ratinho, o peixe-balão, ou o arroz. "Mas faz-nos falta um organismo que nos ilucide sobre a emergência dos vertebrados terrestres. Não sabemos que alterações, ao nível do genoma, acompanharam a transição da água para a terra. O genoma do celacanto podia ajudar-se a compreender isso", defende Myers, citado num comunicado da Universidade de Stanford. Qualquer característica genética que exista nos animais terrestres e que esteja em falta no celacanto, poderá representar uma mudança que permitiu a vida na terra.

Ao contrário da maioria dos peixes, que se reproduzem rapidamente e que têm gerações curtas, o celacanto reproduz-se muito lentamente e tem crias ainda jovem, além de viver uma longa vida. Esta característica pode explicar que, ao longo destes milhões de anos, o celacanto teve gerações de descendentes em menor número para poder acumular mutações.

Segunda Dec 11, 2006 1:41 / netxplica.com

Um Hospital Dentro de Nós
Público, 02-02-2005



Com a entrada em cena da empresa de criopreservação de células estaminais do cordão umbilical BebeVida, que se junta à já estabelecida Crioestaminal, os jornais e as revistas encheram-se de histórias, notícias, controvérsias, depoimentos e futurologias médicas, em torno das potencialidades das células estaminais para nos salvarem da leucemia, do Alzheimer, da diabetes, de quase tudo, com outras tantas vozes a bradar que nada disto foi ainda testado e portanto não se sabe se funciona. No meio do ruído de fundo, faltou uma explicação sólida e consistente do que é uma célula estaminal, como funciona, e por que é que parece tão promissora nas terapêuticas das próximas décadas.

Começa tudo ainda antes de o embrião se implantar no útero, o que no humano acontece por volta do 11º dia de gravidez. O embrião que vai começar a fazer o ninho, nesta fase designado blastocisto, é uma espécie de bolinha oca, constituída por uma camada única de células iguais. Lá dentro está outra bolinha, esta de não mais de uma centena de células, todas muito encostadinhas umas às outras. A camada externa, chamada trofectoderme, dá origem à placenta, e a todos os tecidos destinados a a sustentar e a proteger a gravidez. A bolinha que lá estava dentro, chamada botão embrionário, é que vai dar origem ao embrião. E as suas células, todas, são células estaminais.

Porquê?

Porque não passam de uma centena, mas têm a missão de dar origem aos milhões de células que constituem o corpo do adulto. E, nesses milhões, há milhares de tipos: há células de cabelo, de fígado, de pele, de sangue, de osso, de olho, de estômago, de tudo o que constitui um organismo funcional. Isto quer dizer que aquela centena de célulazinhas todas iguais tem que ter em si a potencialidade de, conforme o destino que segue ao longo do crescimento do embrião, dar origem a toda e qualquer célula. E, por isso mesmo, diz-se que estas células são totipotentes. De onde decorre o raciocínio lógico de que, se pudéssemos ter uma boa reserva de células estaminais de nós próprios, poderíamos utilizá-las para regenerar fígados, linfócitos, neurónios, tecido cardíaco, e por aí fora, assim que um destes órgãos e tecidos entrasse em falência dentro de nós.

Agora, recriarmos por clonagem um bastocisto de nós próprios para lhe irmos buscar as células do botão embrionário é incerto (não sabemos se o clone se forma com sucesso), é lento (temos que esperar pela fase de blastocisto, e depois pela multiplicação das células em cultura) e, como tudo o que envolve o uso de embriões humanos, nunca deixa de levantar problemas com comissões de ética.

Para nossa sorte, no entanto, além das células estaminais embrionárias também existem células estaminais adultas.

Quando as células do botão embrionário começam a diferenciar-se nos mais diversos tipos de células, há sempre algumas que fazem a viagem com elas, vão-se multiplicando, mas nunca se diferenciam. Isto acontece sobretudo nos órgãos que estão em constante regeneração, e sempre a precisar de células novas. Por exemplo, o ciclo de vida normal de um glóbulo vermelho é de 90 dias, e estas células, depois de completamente adultas, ficam sem núcleo, pelo que já não podem reproduzir-se. É assim que entram em cena as células estaminais do sangue, que tanto podem regenerar eritrócitos como, em muitos casos, qualquer tipo de linfócito. Outro caso típico são os espermatozóides: produzem-se milhões durante a vida inteira, e nunca haveria espaço para armazená-los a todos. São as espermatogónias, a primeira fase de diferenciação do espermatozóide, que funcionam como células estaminais.

O cordão umbilical, ainda próximo do início da vida adulta e da proliferação que vai seguir-se, tem um sangue muito rico em células estaminais totipotentes. Ter reservas destas é bom, certamente. Mas o método requer criopreservação à nascença, e longos períodos de espera até as células virem eventualmente a ser necessárias. Mais requintado seria, em caso de necessidade, ir buscar as células à medula óssea quando fossem precisas. A medula é fácil de alcançar, e tem células estaminais que podem dar origem a qualquer tipo de sangue - e, pensa-se, até a outros tipos de células, se forem condicionadas em cultura para se diferenciarem no sentido pretendido (fibra muscular, por exemplo), através da exposição a estimulantes como hormonas ou factores de crescimento.

Tudo isto está muito na infância da arte? Pois está. Vale a pena investir nesta investigação? Então não vale. Já há tantos resultados encorajadores. E não era bom, termos um hospital completo dentro de nós?

Segunda Dec 11, 2006 1:42 / netxplica.com

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