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Seguro de vida pode estar no cordão umbilical


12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

Seguro de vida pode estar no cordão umbilical
Sofia Cartó



Nos últimos três anos, mais de 11.600 portugueses quiseram fazer uma espécie de seguro de vida para os filhos recém-nascidos, e decidiram congelar o sangue do cordão umbilical. O método, indolor para mãe e bebé, permite salvaguardar as preciosas células estaminais ali presentes, que poderão mais tarde ser utilizadas pela própria criança, em caso de necessidade de terapia celular no tratamento de doenças como a leucemia. A Cytothera é uma das empresas que em Portugal fornece este serviço.
Desde finais de 2005 a Cytothera trabalha na recolha e criopreservação das células estaminais. Estas são células com capacidade de se dividir e diferenciar, formando os diversos tipos de tecidos. Estas células-mãe podem gerar, nomeadamente, os componentes principais do sangue, da medula óssea e do sistema imunológico. Daí que a sua primeira aplicação terapêutica seja no tratamento de cancro, leucemia e linfomas do sangue.

Por 1.215 euros, é possível aos pais recolher e criopreservar o sangue do cordão umbilical durante um período mínimo de 18 anos. Nessa altura, a criança já será maior de idade e poderá ela mesma decidir se mantém a amostra congelada. O serviço está já a despertar interesse por parte dos pais, adiantou ao Diário Digital a directora da empresa, Sílvia Matos. «Temos muitos contactos, sobretudo desde que lançámos o nosso site. E sempre que falamos nisso ao vivo há uma grande adesão», adianta.

Para a responsável o congelamento do sangue do cordão umbilical será no futuro algo de rotineiro. Actualmente o que falta é «fazer chegar a informação junto do público». Para tal, considera, é «importante» a colaboração dos médicos no contacto com os pais. Reconhecendo que não é um procedimento ao alcance de todos, Sílvia Matos adianta que «faz todo o sentido um banco de células público».

Este é de facto um projecto do Instituto Português do Sangue, anunciado há um ano pelo presidente do organismo, Almeida Gonçalves. A criação do banco público de sangue do cordão umbilical espera, no entanto, a conclusão de um estudo sobre o seu modelo de financiamento encomendado pelo Ministério da Saúde. Até à execução do projecto, Portugal importa o material necessário para tratamentos, o que significa uma procura nos bancos internacionais por sangue compatível.

Quem tem a possibilidade e pretende salvaguardar o futuro recorre ao sector privado. Apesar de existirem já no mercado nacional quatro empresas que se dedicam à recolha e criopreservação do sangue do cordão umbilical, a directora acredita que a Cytothera terá espaço para crescer, já que «há uma apetecência muito grande para este tipo de serviço». E a empresa diferencia-se das concorrentes, oferecendo também a possibilidade de adultos recolherem as suas próprias células estaminais.

É que outras fontes das células-mãe são a córnea e a retina, a mucosa olfactiva, a polpa dentária, a pele, ou o tracto gastrointestinal. O material ainda está presente de forma mais «acessível» no sangue periférico e na medula óssea. É deste último meio que a Cytothera recolhe o material que poderá ser criopreservado.

Apesar de as células estaminais do cordão umbilical serem melhores «por serem mais jovens e por isso possuírem tipicamente um crescimento mais rápido», adianta o investigador Pedro Cruz, da empresa, a medula óssea é considerada a melhor fonte em adultos. É local de origem de células estaminais hematopiéticas que renovam as células sanguíneas, mas que também produzem outras células. De acordo com Sílvia Matos, o congelamento de amostras da medula óssea e adultos «ainda não tem clientes, mas esperamos ainda mais interesse do que o que há (pela criopreservação do sangue existentes) no cordão».

Paralelamente, a empresa lança-se também no fornecimento de serviços de terapia celular, uma vertente ainda pouco divulgada por não estar ainda muito avançada, explicou a responsável. Para já, a Cytothera colabora com equipas de profissionais de saúde na aplicação de células do próprio doente no tratamento do enfarte do miocárdio, lesões vasculares periféricas, AVC e lesões da espinal medula.

Mas no futuro a terapia com células estaminais deverá estender-se a várias outras patologias. Apesar de salientar que esta terapêutica está em fase de evolução, Pedro Cruz, investigador e membro do conselho científico da Cytothera, sublinha que «começam a dar-se os primeiros passos no tratamento de doenças neurodegenerativas, como as doenças de Parkinson e Alzheimer», pelo que «é previsível que o número de terapias correntes venha aumentar nos próximos anos».

A empresa colabora activamente com equipas médicas de hospitais portugueses em projectos de investigação «únicos em Portugal e, em alguns casos pioneiros a nível Europeu», adianta o bioquímico. A título de exemplo, destaca a parceria na investigação de Carlos Lima, do Hospital Egas Moniz, relativa ao tratamento de lesões na espinal medula e doença de Parkinson. Esta pesquisa é líder na área, tendo sido já realizadas perto de 50 operações em pacientes com lesões na espinal medula utilizando tecido da mucosa olfactiva.

Outro projecto em curso é a colaboração com a equipa liderada por Francisco Salvado, do Hospital de Santa Maria, para o uso de células da medula para reconstrução óssea. Existe ainda um projecto ligado ao Centro Europeu de estudo para a Diabetes, para o desenvolvimento de um pâncreas bio-artificial para ser implantado em seres humanos. Nestas parcerias a Cytothera tem um papel disseminador, para «tornar possível que as novas terapias fiquem disponíveis», afirma Pedro Cruz.

Diário Digital
21-06-2006 12:58:48

Quarta Jun 21, 2006 14:32 / netxplica.com

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