Fórum Netxplica
  • NETXPLICA
  • LOJA
  • FÓRUM
  • ESCOLA
  • E-LEARNING
  • Explicações
  • Reapreciações
    • Fórum Netxplica
    • Público

      •      
             
    • Utilizadores Registados

      •      
             
    • Utilizadores Especiais

      •      
             
  • Utilizadores
    Entrar / Login
    Registar
    Dificuldades Login/Registo
  • Artigos Ciências 7/8/9
  • Artigos Biologia 10/11/12
  • Artigos Geologia 10/11/12
  • Dúvidas BIOGEO 10/11
  • Dúvidas BIOGEO 10
  • Dúvidas BIOGEO 11

Extinção final do mastodonte americano


10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

De extinção em extinção até à extinção final do mastodonte americano
02.12.2014 - PÚBLICO.PT | NICOLAU FERREIRA



Ao voltar a datar fósseis de mastodonte, uma equipa de cientistas descobriu que na zona do Alasca foi o frio que causou o desaparecimento deste mamífero há mais de 50.000 anos.

Da última vez que as coníferas voltaram a conquistar as latitudes mais altas da América do Norte, há cerca de 12.000 anos, no fim do último período glaciar, os mastodontes americanos já não conseguiram acompanhá-las. Pouco tempo depois, este parente afastado dos elefantes e mamutes desapareceu para sempre, num fenómeno de extinção que arrastou mais 70 espécies de mamíferos.

Ainda não se sabe qual o grau de responsabilidade dos humanos, recém-chegados à América do Norte, neste desaparecimento. Uma equipa de cientistas voltou a datar muitos fósseis de mastodonte que tinham sido descobertos no Alasca e no Canadá. Segundo as novas datações, tinha havido uma extinção regional do mastodonte nas regiões árcticas e subárcticas há mais de 50.000 anos, e não há menos de 20.000 anos, como se pensava até agora.

Para os autores, foi o frio e não os humanos a causa da extinção dos mastodontes no Norte do continente americano, segundo um artigo ontem na revista Proceedings of the National Academy of Science. Os mastodontes continuaram a viver bastante a sul do Alasca e do Canadá durante mais umas dezenas de milhares de anos. Contudo, a extinção final, há 10.000 anos, mantém-se misteriosa.

Os mastodontes fazem parte da ordem Proboscidea, onde se incluem os mamutes e os elefantes. Surgidos em África, separaram-se da linhagem dos mamutes e elefantes há cerca de 30 milhões e espalharam-se pela Europa – incluindo Portugal, onde se encontraram fósseis no vale do Tejo e no vale do Sado – e pela Ásia. Na Europa estes mamíferos desapareceram há cerca de dois milhões de anos. Mas viveram mais tempo no continente americano, para onde entretanto migraram através de uma ponte terrestre, no estreito de Bering, entre a Ásia e a América do Norte. Aqui, evoluíram para uma espécie nova. Os fósseis mais antigos do mastodonte americano – cujo nome científico é Mammut americanum – têm 3,5 milhões de anos.

O mamute-lanudo, Mammuthus primigenius, que surgiu só há 200.000 anos na Ásia e viveu até há 5000 anos, chegou a conviver com o mastodonte na América do Norte. Além das diferenças anatómicas – o mamute podia ter mais de quatro metros de altura, era cabeçudo e as enormes presas eram enroladas para dentro, enquanto o mastodonte atingia dois a três metros e tinha presas encurvadas para cima –, havia diferenças ecológicas.

“Os mamutes-lanudos dependiam de gramíneas e de outro tipo de pastagem, e estavam bem adaptados a habitats semiáridos de estepes e tundra, geralmente sem árvores”, explica o artigo da equipa, cujo primeiro autor é Grant Zazula, do Programa de Paleontologia de Yukon, do Governo do Território do Yukon, no Canadá, ao lado do Alasca. “Por outro lado, os mastodontes dependiam de árvores e habitavam preferencialmente bosques de coníferas e bosques mistos com pântanos”, lê-se no artigo.

Depois do penúltimo período glaciar, veio um período mais quente há cerca de 125.000 anos, em que as florestas de coníferas chegaram até ao Alasca, e com elas estariam os mastodontes. Mas há 75.000 anos já tinha voltado um novo (e último) período glaciar, que deveria ter tido impacto nas populações de mastodontes: as baixas temperaturas teriam obrigado as florestas de coníferas a recuar para sul, substituídas pela tundra.

“Os dentes de mastodonte eram eficazes a desfolhar e esmagar os galhos, as folhas e os troncos de arbustos e árvores”, explica Grant Zazula, num comunicado do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque. “Por isso, pareceria improvável que eles fossem capazes de sobreviver em zonas como o Alasca e o Yukon, no último período glaciar.”

No entanto, as datações por carbono 14 de fósseis de ossos de mastodonte daquelas regiões indicavam que havia fósseis com mais de 50.000 anos (a idade máxima que o carbono 14 consegue datar), mas também com apenas 18.500 anos, em plena altura glaciar. Estes resultados sugeriam que as populações de mastodontes se mantiveram lá quando já não havia árvores e sobreviveram, pelo menos, até muito perto da grande extinção das 70 espécies de mamíferos, há 10.000 anos.

Nesse contexto, era impossível não meter os humanos na equação das causas da extinção dos mastodontes no Alasca e Yukon, já que entrámos na América do Norte, pelo estreito de Bering, há cerca de 13.000 anos.

Mas a contradição ecológica sobre a alimentação dos mastodontes e os ecossistemas existentes durante o último período glaciar levou a equipa a duvidar das antigas datações de carbono 14. “É razoável suspeitar de que as datas relatadas no passado estavam erradas”, dizem os autores.

As novas datações de dezenas de fósseis revelaram que os ossos são de mastodontes que calcorreavam o Alasca e o Yukon há mais de 50.000 anos. As antigas análises estariam contaminadas.

“Os mastodontes não habitaram o Norte durante muito tempo”, diz Grant Zazula. “O avanço da glaciação há 75.000 anos levou ao extermínio dos seus habitats.”

Algum tempo antes da derradeira extinção, há 10.000 anos, a Terra voltou a aquecer, os gelos recuaram e as coníferas reconquistaram o Canadá e o Alasca. As alterações do clima podem ter tido um papel na extinção final. O certo é que o mastodonte americano já não voltou ao Norte.

Sexta Dec 05, 2014 10:46 / netxplica.com

• Página 1 de 1


Responder

Últimos Artigos da Ciência Seleccionados

Mais de 20.000 artigos distribuídos por anos de escolaridade e respectivos temas programáticos.

  A lontra gigante que viveu na China há seis milhões de anos
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  O que nos une a uma criatura do mar que existiu há 540 M.a.?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  67% dos corais do Norte da Grande Barreira estão mortos
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Um violento bailado cósmico na origem dos anéis de Saturno
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Debaixo do coração gelado de Plutão há um mar viscoso?
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Girafas sofrem “extinção silenciosa”
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Egipto quer exportar crocodilo-do-nilo para sair da crise
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Sexo, chimpanzés e bonobos
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Cientistas suspendem no tempo desenvolvimento de embriões
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  A ilha de Santa Maria está a erguer-se do fundo do mar
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Dentro de 300 M.a. existirá o super-continente Aurica
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Quando é que as aves começaram a cantar?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  A cauda maravilhosa dum dinossauro que ficou presa em âmbar
11.º Ano GEOLOGIA - II, Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

  Subida do nível do mar medida nas dunas de Tróia
12.º Ano GEOLOGIA - II. História da Terra e da Vida

  Por que é que algumas células resistem ao VIH?
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Conservação do Lince ibérico
8.º ANO CIÊNCIAS NATURAIS - 2.2. Protecção e conservação da Natureza

  Mulher deu à luz depois de transplante de tecido do ovário
12.º Ano BIOLOGIA - I. Manipulação da Fertilidade

  O mundo encantado dos cavalos-marinhos tem os seus segredos
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  Confirmado: Ceres tem água congelada
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Confirma-se: a gravidez muda o cérebro das mulheres
12.º Ano BIOLOGIA - I. Reprodução Humana

  Utilização do fracking pode aumentar número sismos
11.º Ano GEOLOGIA - III. Exploração sustentada de recursos geológicos.

  Metástases do cancro da mama começam antes da detecção
12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

  Português ajuda a descodificar o genoma dos pangolins
11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

  Como é que as aves perderam os dentes?
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Caixa de ferramentas para editar genes ganhou 2 ferramentas
12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

  Toneladas de lixo estão a chegar a um reservatório de água
11.º Ano GEOLOGIA - III. Exploração sustentada de recursos geológicos.

  Novas tendências das alterações climáticas estão para ficar
12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

  Um rio de ferro corre cada vez mais depressa no interior
10.º Ano GEOLOGIA - III. Compreender a Estrutura e a Dinâmica da Geosfera

  As chitas estão em extinção
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  O que se passou com a bactéria da cólera desde o séc. XIX?
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Parasita que provocou grande fome na Irlanda veio da América
12.º Ano BIOLOGIA - IV. Produção de Alimentos e Sustentabilidade

  Descoberta uma espécie de rã nova para a ciência
11.º Ano BIOLOGIA - IX. Sistemática dos Seres Vivos

  Descoberto um dos primeiros animais do Atlântico primitivo
10.º Ano GEOLOGIA - I. A Geologia, os Geólogos e Seus Métodos

  Papagaio da Austrália ficou com as asas maiores
11.º Ano BIOLOGIA - VIII. Evolução Biológica

  Quanto tempo é que os ovos dos dinossauros levavam a chocar?
11.º Ano GEOLOGIA - II, Processos e materiais geológicos importantes em ambientes terrestres

  As borboletas diurnas de Portugal estão em risco
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Livro vermelho dos invertebrados pode avançar até 2018
10.º Ano BIOLOGIA - I. Diversidade na Biosfera

  Identificadas proteínas envolvidas na infecção do vírus Zika
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

  Lua formou-se há 4510 milhões de anos
10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

  Certas bactérias aumentam 4 vezes o risco de contrair o VIH
12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças


  • C. Nat. 7
  • C. Nat. 8
  • C. Nat. 9
  • BIO 10
  • BIO 11
  • BIO 12
  • GEO 10
  • GEO 11
  • GEO 12


  • LOJA
  • FÓRUM
  • ESCOLA
  • EXPLICACOES ONLINE


  • Twitter
  • Facebook
  • YouTube
  • Youtube
  • Instagram
  • Linkedin
  • © netxplica. luisqueiroga@netxplica.com
  • Powered by: HTML5 UP