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Cientistas investigam impacto de plástico «oculto» nos mares


12.º Ano BIOLOGIA - V. Preservar e Recuperar o Meio Ambiente

Cientistas investigam impacto de plástico «oculto» nos mares



Uma equipa da BBC que fazia um documentário no ano passado sobre a vida marinha encontrou lixo plástico que viajou milhares de quilómetros pelo oceano até parar no outro lado do planeta, numa ilha remota a noroeste do Havai.

O grupo de documentaristas e biólogos encontrou tartarugas que faziam ninhos no meio de garrafas plásticas, isqueiros e brinquedos. E descobriu crias de albatrozes mortos ou à beira da morte porque os seus pais os haviam alimentado com plástico.

Algumas das crias morrem quando objectos pontiagudos perfuram os seus corpos, outros por fome, com os seus estômagos cheios de plástico que não conseguem digerir.

Sabemos há algum tempo que o plástico é uma ameaça aos albatrozes, mas quão perigoso é o lixo plástico para outras espécies - inclusive o homem?

Parte do plástico encontrado nos nossos oceanos foi jogada no mar ilegalmente. Uma outra porção é lixo da pesca, mas a maioria vem da terra, de aterros mal administrados e de lixo industrial.

O lixo que flutua nos mares é carregado por grandes sistemas de correntes marítimas rotativas, como grandes remoinhos, impulsionados pelo movimento de rotação da Terra e os ventos.

O arquipélago do Havai está situado no meio de um desses sistemas, conhecido como o Giro do Pacífico Norte - um entre cinco sistemas interconectados de correntes oceânicas.

Cada um desses sistemas forma uma espiral, girando em torno de um ponto central, levando detritos para o seu interior.

Essas espirais também podem expelir materiais em direcção aos continentes Árctico e Antárctico, espalhando o plástico por todo o planeta.

O plástico é feito para durar, por isso, degrada-se muito lentamente nos mares, despedaçando-se em fragmentos cada vez menores. Esses pedaços minúsculos de plástico são conhecidos como microplástico.

Para demonstrar o que acontece com o plástico que se degrada no oceano, o especialista em poluição marinha Simon Boxall, do Centro Nacional de Oceanografia britânico em Southampton, na costa sul da Grã-Bretanha, filtrou 400 toneladas de água do mar e levou os detritos para análise no seu laboratório.

A olho nu, era possível ver lama, galhos e penas. Mas observada ao microscópio, a amostra continha pequenas partículas de plástico.

Havia pedaços de cordas plásticas, sacos e fragmentos coloridos, alguns com forma pontiaguda. Algumas das partículas tinham menos de um milímetro de espessura, o mesmo tamanho de organismos vivos presentes na amostra - fitoplâncton (organismos vegetais) e zooplâncton (organismos animais).

«Tem havido muita pesquisa nos Estados Unidos para investigar como o plástico entra na cadeia alimentar», diz Boxall. «Certamente foi demonstrado que entra nos bivalves, moluscos e ostras no fundo do mar, e exerce um efeito sobre eles.»

«Eles acumulam biologicamente o plástico na medida em que filtram a água. Isso concentra o plástico e efectivamente transforma alguns dos moluscos em hermafroditas», afirma. «Há alguns anos, achávamos que aquilo era só fibra, e que não havia grande impacto, mas sabemos agora que essas partículas muito pequenas podem imitar coisas como o estrogénio.»

O cientista acrescenta, no entanto, que o efeito verdadeiro ainda não é conhecido.

«Essas partículas plásticas são como esponjas, são imãs que atraem contaminação, coisas como o tributilestanho (substância extremamente tóxica, usada em pinturas de barcos). As minúsculas partículas absorvem esses materiais e efectivamente tornam-se muito tóxicas», descreve Boxall.

«Não sabemos ainda se isso depois tem impacto sobre a cadeia alimentar. Ainda é cedo para saber quão longe na cadeia alimentar essas partículas plásticas penetram.»

Especialistas do centro de Ecologia e Biologia Marinha da Universidade de Plymouth, na Grã-Bretanha, estudam o impacto de poluentes sobre oceanos e rios e sobre as criaturas que os habitam. O cientista Richard Thompson, que trabalha no centro, foi o primeiro a descrever os minúsculos fragmentos de plástico como «microplásticos», já em 2004.

«Há duas preocupações do ponto de vista toxicológico», diz Thompson. «Há o facto de que os plásticos são conhecidos por absorver e concentrar substâncias químicas da água do mar.»

«E a segunda questão diz respeito a substâncias químicas que foram introduzidas nos plásticos desde o momento da produção para a obtenção de qualidades específicas, como flexibilidade, ou substâncias retardadoras de chama e antimicrobianas.»

Com o plástico disperso na natureza em pequenos fragmentos, resta saber se existe a possibilidade de que essas substâncias químicas também sejam libertadas no meio ambiente.

E a resposta, segundo Thompson, é que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.


Diário Digital
01.02.2013

Sábado Feb 02, 2013 2:35 / netxplica.com

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