Marte aqui tão perto

10.º Ano GEOLOGIA - II. A Terra, Um Planeta Muito Especial

Vizinhos mais próximos
A distância entre os planetas vizinhos varia entre 55 milhões e 400 milhões de quilómetros. Isto porque Marte é um dos planetas com uma das órbitas mais elípticas do Sistema Solar.


Há cerca de 58 mil anos os dois estiveram na distância mais próxima que é possível. Desde então os caminhos de ambos ditaram um afastamento maior. Mas as rotas traçadas determinaram um novo "reencontro".

Entre 26 e 28 de Agosto será possível olhar para Marte como há muito não se fazia. Um fenómeno raro que e apenas voltará a ser estudado pelos astrónomos e curiosos do Século XXIII.

A pensar no que será possível obter durante os três dias de aproximação entre os dois planetas, na Terra começam-se a preparar os telescópios virados para Marte. Cientistas e sociedades astronómicas vão aproveitar as próximas semanas para estudar o planeta vermelho.

A cada dois anos existe uma aproximação entre os vizinhos do Sistema Solar. Esta é mesmo a razão pela qual os programas espaciais escolhem esta altura para lançaram missões rumo a Marte – só este ano foram lançados para o espaço quatro projecto de investigação: dois da NASA, um da Agência Espacial Europeia e um quarto com a bandeira japonesa.

O fenómeno de aproximação entre Marte e Terra implica ainda que o planeta vermelho alcance a distância mínima com o Sol. Algo que irá acontecer a 30 de Agosto. Durante cerca de um mês, este será mesmo o objecto mais brilhante, com uma cor notavelmente alaranjada.

Como será Marte?

O quarto planeta do sistema solar e vizinho mais próximo da Terra, fascina a humanidade desde tempos imemoriais. Apesar dos inúmeros engenhos espaciais que o Homem tem enviado a Marte desde que a técnica o permitiu, a maioria dos seus segredos ainda está por desvendar.

No início da exploração espacial, esperava-se encontrar um planeta "gémeo" da Terra ­ coberto de água, elemento essencial à existência de vida. Mas as primeiras sondas enviadas nos anos 60 e 70 defraudaram estas expectativas ao encontrarem nada mais que um solo árido e seco.

Trinta anos mais tarde, a perspectiva já é bem diferente. Sabemos agora que a temperatura de Marte era, muito provavelmente, menos elevadas no passado, que terá existido água e grandes oceanos e, consequentemente, vida. Para onde é que tanta água terá "fugido" é a grande questão que intriga agora os cientistas.

Um planeta gélido e irrespirável

Com um temperatura média de 60º negativos, tempestades constantes e ciclones de uma dimensão nunca vista na Terra, Marte não será de todo um planeta aprazível para viver. Mas, embora não possa ter vida tal como a conhecemos na Terra, Marte tem uma impressionante geologia que atrai os cientistas.

É em Marte que existe a maior cadeia montanhosa do sistema solar e desfiladeiros com um comprimento tal que, se existissem na Terra, ocupariam uma extensão ligeiramente inferior à de Portugal, de norte a sul do país.

A atmosfera marciana é mais rarefeita que a da Terra, constituída maioritariamente por dióxido de carbono e com uma minúscula partícula de oxigénio ­ cerca de 0,13 por cento do total de gases presentes na atmosfera de Marte.

A força da gravidade sentida neste planeta é ligeiramente inferior à exercida pela Terra, mas, apesar destas diferenças, de todo o sistema solar, Marte é o planeta mais parecido com o nosso.

Expresso online
16:38 17 Julho 2003

Terça Mar 14, 2006 22:17 / netxplica.com

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