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Biodiversidade interna dos cancros


11.º Ano BIOLOGIA - VI. Crescimento e Renovação Celular

Biodiversidade interna dos cancros sugere por que é tão difícil vencê-los
13.03.2012 - PÚBLICO.PT | Por Ana Gerschenfeld


Investigadores realizaram, pela primeira vez, análises globais ao genoma das células em diversas regiões do mesmo tumor

Hoje em dia, o tratamento do cancro nos países ricos recorre cada vez mais à análise genética a uma amostra do tecido canceroso. O objectivo é não só obter um prognóstico mais acertado da evolução da doença, como também ajustar melhor o tratamento que se irá aplicar ao doente, uma vez que existem fármacos específicos contra os tumores que apresentam determinadas características genéticas.

Mas, segundo um estudo publicado na última edição do New England Journal of Medicine (NEJM) por Charles Swanton, do University College de Londres (UCL), e colegas, realizar uma única amostragem de tecido tumoral - uma única biopsia - poderá não chegar para conhecer a fundo a "paisagem" genética de cada cancro - e isso poderá explicar por que é que este tipo de medicina "personalizada" não tem tido o sucesso que se esperava.

Estes investigadores realizaram, pela primeira vez, análises globais ao genoma das células de biopsias colhidas em diversas regiões do mesmo tumor, à procura das mutações que continham. E descobriram que o mesmo tumor maligno, mesmo quando provém do mesmo doente, não é uma entidade homogénea, mas antes uma massa geneticamente heterogénea - um manto de retalhos com mutações genéticas por vezes totalmente díspares.

Analisaram biopsias de vários locais do tumor principal e dos tumores secundários, doadas por quatro doentes com cancro do rim já com metástases noutros órgãos. E, em particular, escrevem no NEJM que, nas amostras vindas de 14 localizações diferentes do cancro de um dos doentes, identificaram 128 mutações, das quais 40 estavam presentes em todas as amostras; 59 estavam presentes em algumas das amostras mas não nas noutras; e 29 eram mutações "privadas", que apenas apareciam numa das 14 amostras. Dito por outras palavras, apenas um terço das mutações era comum a todas as biopsias do mesmo doente; quase 70% das mutações não eram detectáveis em todas as biopsias; e mais de 20% das mutações apenas se verificavam numa única biopsia! Os outros doentes apresentavam perfis semelhantes de "biodiversidade" tumoral.

Tal como Darwin fez

"Já sabíamos há uns tempos que os tumores são um patchwork de defeitos genéticos", diz Swanton em comunicado do UCL, "mas é a primeira vez que conseguimos (...) mapear a paisagem genética de um tumor com este elevadíssimo nível de pormenor". Descobriram assim "uma extraordinária diversidade" genética, no interior dos tumores e no próprio organismo de cada doente. Mais: o número de diferenças entre as biopsias dos diferentes locais do mesmo tumor era maior do que o número de semelhanças entre elas.

A confirmarem-se, os resultados - que, segundo os cientistas, precisam de ser confirmados num maior número de doentes e noutros tipos de cancro - poderão ter várias implicações cruciais. Primeiro, mostram que a realização de uma única biopsia para personalizar uma terapia anticancro apenas fornece uma visão muito limitada da doença com que se está a lidar. A tal ponto que, no presente estudo, algumas biopsias correspondiam a um prognóstico positivo e outras revelavam um prognóstico negativo.

Uma outra consequência, salienta ainda Swanton, é que vai ser preciso "desenvolver medicamentos que contornem esta diversidade, dirigidos contra mutações-chave comuns a todas as regiões do tumor e motoras da sua evolução". Aliás, os cientistas já conseguiram remontar até à origem de certas mutações deste tipo. "Pela primeira vez", explica Swanton, "conseguimos utilizar os padrões de defeitos genéticos de um tumor para remontar às origens de certas populações de células cancerosas, tal como Darwin fez, com a sua teoria da "árvore da vida", para mostrar que as diversas espécies de seres vivos estão relacionadas".

O trabalho agora publicado também poderá permitir explicar por que é que as probabilidades de sobrevivência dos doentes com cancro do rim, mesmo em fase metastática, aumentam quando o tumor primário é removido cirurgicamente. Provavelmente, a operação elimina a fonte de diversidade evolutiva do cancro - isto é, as populações de células que não foram detectadas pela (única) biopsia e que, sendo resistentes ao tratamento, poderão mais tarde fazer ressurgir o tumor. E também põe em evidência a importância de diagnosticar o cancro nas suas fases mais precoces, quando a diversidade genética do tumor ainda é reduzida.

Terça Mar 13, 2012 10:31 / netxplica.com

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