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Células Indiferenciadas


12.º Ano BIOLOGIA - II. Património Genético

Células Indiferenciadas Sabem Distinguir Genes do Pai e da Mãe
Clara Barata
Público, 09-07-2002
Estudo publicado hoje


Das duas cópias de cada gene que herdamos, por vezes apenas uma pode funcionar e, se algo falhar, podem verificar-se anomalias fatais

Uma equipa da Universidade Johns Hopkins (EUA) diz ter demonstrado que é possível fazer culturas de células estaminais em laboratório sem que os seus genes percam uma informação fundamental: se são herdados do pai ou da mãe.

As células estaminais são as primeiras células de um embrião e dão origem a todos os tecidos do organismo. Perceber se os seus genes são herdados do pai ou da mãe é importante para o desenvolvimento de tecidos e órgãos que poderão ser utilizados em transplantes para tratar doenças hoje incuráveis.

Todos temos nos nossos cromossomas duas cópias do mesmo gene: um herdado da mãe e outro do pai. Uma espécie de etiquetas químicas - átomos de metil - são essenciais na regulação da actividade genética. Através da metilação, os genes são ligados ou desligados. E alguns genes são marcados por estas etiquetas químicas de forma diferente (em inglês fala-se em "imprinting"), consoante são herdados da mãe ou do pai. Por exemplo, na formação da placenta, que nutre e protege o filho dos ataques do sistema imunitário da mãe, é essencial a actividade dos genes herdados do pai.

"As regras da herança genética de Mendel não são o que conta aqui. Não estamos a falar de genes dominantes nem de genes recessivos. Em alguns casos, apenas a cópia do gene herdada da mãe é activada por estas etiquetas, ou então apenas a herdada do pai, geração após geração", comentou, num comunicado de imprensa da sua universidade, Andrew Feinberg, que coordenou o artigo hoje publicado na edição "on-line" da revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Desregulações no mecanismo de "imprinting" verificam-se em alguns tipos de tumores e é provável que expliquem por que é tão baixa a taxa de sucesso da clonagem e das culturas de células indiferenciadas embrionárias, que dão origem a todos os tecidos do organismo.

Como a esperança depositada em terapias com base nas células indiferenciadas passa pela chamada clonagem terapêutica - a criação de embriões com o mesmo património genético do doente que necessita de um transplante - percebe-se como é importante aprender a controlar os mecanismos de "imprinting". Foi a esse problema que a equipa, que tem como principal autor Patrick Onyango, se dedicou.

A clonagem implica injectar o núcleo de uma célula adulta num ovócito esvaziado do seu próprio núcleo e que, através de sinais químicos ou eléctricos, é induzido a comportar-se como se tivesse sido fertilizado. O núcleo celular transplantado tem de se reprogramar, voltar ao zero para reiniciar o desenvolvimento embrionário.

As marcas do "imprinting" têm de ser desactivadas. Mas, a certa altura, têm de ser reaplicadas, e de forma correcta. Saber quando é que isto acontece é fundamental para que um dia seja possível criar células do pâncreas produtoras de insulina, neurónios ou células do músculo cardíaco.

No ano passado, Rudolf Jaenisch, do Instituto Whitehead de Investigação Biomédica, e Ryuzo Yanagimachi, da Universidade do Hawai, publicaram na revista "Science" um artigo em que afirmavam que as dificuldades da clonagem se relacionavam com este processo de marcação genética e consideravam o problema insolúvel.

A equipa de Onyango é bastante mais optimista: relata ter criado uma cultura celular, que testou para quatro genes etiquetados com esses marcadores do pai ou da mãe. As células inicialmente isoladas e cultivadas não apresentavam sinais de "imprinting", mas as suas descendentes - células um pouco mais especializadas, a caminho de se tornarem fibroblastos - apresentavam um perfil de "imprinting" normal.

Resultados estranhos? Nem por isso, diz Onyango: "Faz sentido, porque alguns genes estão marcados nas células de todo o organismo, e outros apenas em alguns tecidos. É provável que seja mais eficiente para uma célula indiferenciada ter ambas as cópias do gene ligadas, e a certa altura uma das cópias seja desligada, dependendo do tipo de especialização que sofre", comenta Patrick Onyango.

Os cientistas da Universidade Johns Hopkins celebram o seu sucesso: "É reconfortante verificar que as células descendentes estão marcadas normalmente. Isto tem uma importância crítica para determinar se poderão vir a ser usadas para fins terapêuticos", comenta John Gearhart, que também faz parte da equipa e foi um dos primeiros a conseguir isolar e cultivar em laboratório células indiferenciadas humanas.

Quinta Feb 16, 2006 12:20 / netxplica.com

As Células de Johns Hopkins Têm Estado na Sombra
Público, 09-07-2002



A equipa da Universidade Johns Hopkins, que relata ter conseguido produzir culturas de células indiferenciadas sem problemas ao nível dos padrões de actividade dos genes, consoante são herdados do pai ou da mãe, inclui John Gearhart - um dos dois cientistas que, simultaneamente e em revistas científicas diferentes, anunciou em 1998 ter isolado laboratório células indiferenciadas embrionárias humanas.

No entanto, o que tem estado na ribalta é o tipo de células isolado por James Thomson, da Universidade do Wisconsin. Estas são colhidas no interior do embrião, quando este se encontra na fase de blastocisto, e mais não é que uma minúscula bola de células.

A técnica desenvolvida por Gearhart - cujos estudos são financiados pela empresa de biotecnologia Geron, aliás como os de Thomson -é ligeiramente diferente. Ele isola as células indiferenciadas mais tarde, quando se começam a desenvolver as gónadas do feto, obtendo assim aquilo a que chama células germinativas embrionárias.

Num comentário publicado também na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", Carmen Sapienza, do Instituto Fields para a Investigação do Cancro, em Filadélfia, salienta que as células estaminais embrionárias têm-se mostrado mais instáveis em cultura do que as germinativas. "Estes resultados sugerem que derivativos das células indiferenciadas embrionárias podem não ser a melhor fonte para terapias de transplante", afirma.

Assim sendo, interroga: "Por que é que todas as culturas de células indiferenciadas cujo estudo é autorizado pelos Institutos Nacionais de Saúde são de células embrionárias e não de células germinativas?" A polémica é bem capaz de ter implicações políticas, pelo menos nos EUA.

Quinta Feb 16, 2006 12:21 / netxplica.com

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