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Há dez por cento de casais inférteis e muito desconhecimento


12.º Ano BIOLOGIA - I. Manipulação da Fertilidade

Afrodite foi apresentado hoje
Estudo revela que há dez por cento de casais inférteis e muito desconhecimento

25.11.2009 - PÚBLICO.PT | Andrea Cunha Freitas


Quase 40 por cento das pessoas inquiridas no primeiro estudo epidemiológico sobre infertilidade em Portugal acreditam que o problema está associado à vontade de Deus, 31 por cento acha que se trata de uma questão de sorte ou destino, 52 por cento estão convictos que o uso prolongado de contracepção oral leva a infertilidade e nove por cento acha que a “culpa” é dos preservativos.

Estes são apenas alguns dos surpreendentes resultados do trabalho Afrodite elaborado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e apresentado hoje que concluiu que entre 9 e 10 por cento dos casais portugueses são inférteis.

Os números de infertilidade invocados até agora apoiavam-se em estatísticas de outros países do mundo ocidental e apontavam para cerca de 15 por cento. Afinal, entre 9 e dez por cento dos casais portugueses são inférteis, conclui o estudo da autoria de Silva Carvalho (professor da FMUP) e Ana Santos (investigadora da Key Point) que teve o apoio da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução.

Mas mais do que notar que entre 260 mil a 290 mil casais portugueses sofrem de infertilidade dos quais entre 116 mil e 121 mil se encontra em idade reprodutora (e mais de 100 mil podem resolver esta situação com tratamento) o estudo divulgado hoje - que envolveu inquéritos presenciais a 2239 pessoas, das quais 1638 eram mulheres e 601 homens - revelou um preocupante desconhecimento da população sobre este problema de saúde.

De sublinhar que cerca de 41 por cento dos inquiridos tinham o quarto ano de escolaridade ou menos do que isso e apenas 20 por cento possuía mais do que o 12º ano. Ainda assim, por exemplo, cerca de 55 por cento das pessoas não sabe o que é uma inseminação e 84 por cento afirmam conhecer a doença infertilidade.

“ A percentagem decresce quando se pormenorizam os conhecimentos e se pergunta o que é um espermatozóide (81 por cento), um óvulo (76 por cento) ou um embrião (66 por cento) ” refere-se na primeira conclusão a revelada no estudo acrescentando-se que “vastas proporções dos inquiridos” não conhecem as causas de infertilidade ou os tipos de tratamento disponíveis.

Além dos exemplos já apresentados, existem outros dados que comprovam o desconhecimento nesta matéria: 16,7 por cento acham que a infertilidade está relacionada com o “elevado número de parceiros sexuais” e 12,6 por cento consideraram que o início precoce da vida sexual pode levar a este problema de saúde.

Mas há mais. O trabalho Afrodite demonstra que 61 por cento das pessoas considera que a infertilidade é uma doença e 16,6 por cento acredita que é “só um problema de ‘cabeça’ e passa”. São surpresas atrás de surpresas.

Numa vertente optimista, 71,2 por cento das pessoas acha que a infertilidade pode ser resolvida através do recurso a tratamentos. Questionados sobre conceitos e atitudes frente a este assunto, a maioria não concorda com o recurso à medicina para escolha do sexo da criança (66 por cento) nem com a utilização de barrigas de aluguer (47,3 por cento).

“No entanto, estão de acordo com a utilização de meios médicos para serem eliminadas as hipóteses de uma filho com doença genética (58 por cento) e para que uma mulher sozinha possa engravidar (57 por cento).

Pagar "o que for preciso"

Nas respostas à pergunta “no máximo, quanto estaria disposto a pagar” por um tratamento de fertilidade, 58 por cento dos sujeitos afirmaram que pagariam mais do que a actual média de quatro mil euros e 7,2 referiram mesmo: “o que fosse preciso”. O que é facto é que 93 por cento entende que deveria ser o Sistema nacional de saúde a pagar a factura dos tratamentos, parcialmente (43 por cento) ou integralmente (51 por cento).

Outra das importantes conclusões do projecto Afrodite é que cerca de um terço das portuguesas inférteis desconhece o motivo da sua infertilidade e 31 por cento das mulheres refere as razões para quando teve problemas em engravidar “não foi possível determinar a causa ou nunca lhe foi explicado pelo médico”.

Quase 50 por cento alega “problemas de hormonas” e apenas menos de 6 por cento fala em endometriose. O estudo permite ainda confirmar o peso do adiamento da maternidade na sociedade actual. Mais de metade das mulheres inférteis (59 por cento) afirmou ter adiado a gravidez por razões económicas, porém, nenhuma responsabiliza a carreira profissional por ter protelado a maternidade e nove por cento afirma que a escolha do momento foi influenciada pela vida profissional do parceiro.

Um mapa desigual

Finalmente, olhando para o mapa de centros de Procriação Medicamente Assistida (PMA) há uma lacuna que salta à vista. Contra os nove centros do norte, quatro na região centro e entre dez e onze em Lisboa e Vale do Tejo, a região sul (Alentejo e Algarve) tem um vazio absoluto sem nenhum local onde se possa fazer PMA.

Por outro lado, sobre os existentes, nota-se que serão todos de pequena ou média dimensão realizando poucos ciclos anuais. “Assim, “tendo em consideração os critérios internacionais, o número de centros de PMA existentes em Portugal e o volume de ciclos que realizam por ano, os resultados obtidos parecem aconselhar uma política de ampliação de capacidade dos centros em detrimento da criação de novas unidades, com excepção para a região Sul”, referem os autores do trabalho.

A recomendação parecia soar a uma proposta de intervenção dirigida ao Ministério da Saúde mas Silva Carvalho apressou-se a referir: “Enquanto presidente da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução enviei inúmeros documentos para o Ministério da Saúde sobre o assunto e nunca me ligaram cavaco, zero. Não vou mandar nada”.

O autor do projecto referiu, no entanto, que estes dados recolhidos com o primeiro estudo epidemiológicos serão remetidos à Direcção-Geral da Saúde e ao actual presidente da Sociedade, Jorge Branco.

Silva Carvalho alertou ainda para a necessidade de apostar na especialização de médicos em medicina da reprodução, alegando que em alguns casos a ampliação de centros de PMA só foi possível graças à contratação de médicos de outros países, dando o exemplo da Maternidade Alfredo da Costa (em Lisboa) que recorreu a profissionais de Espanha.

Quarta Nov 25, 2009 20:23 / netxplica.com

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