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Portugal é "país exportador" de sida


12.º Ano BIOLOGIA - III. Imunidade e Controlo de Doenças

Estudo publicado hoje
Cartografia das migrações do HIV aponta Portugal como "país exportador" de sida

20.05.2009 - PÚBLICO.PT | Ana Gerschenfeld


O vírus da sida, o HIV, é um autêntico caixeiro-viajante. Vai e vem de um país para o outro ao ritmo das deslocações humanas. E possui uma espécie de imunidade diplomática que lhe permite atravessar despercebido as alfândegas, uma vez que a doença que provoca só se manifesta muito depois de a pessoa que o transporta consigo para outros horizontes ter sido infectada.

É no entanto possível seguir-lhe o rasto de muito perto, graças à genética. Acontece que os HIV que circulam em Portugal, na Holanda ou na Polónia não são irmãos gémeos, mas sim primos mais ou menos afastados. A sua grande propensão para as mutações fez com que, desde o início da epidemia de sida, tenham mudado geneticamente.

Esta característica, que torna o HIV tão difícil de controlar com medicamentos ou vacinas (porque ele adapta-se e torna-se resistente), tem uma outra vertente: permite reconstituir a genealogia dos vírus e conhecer as suas rotas migratórias dentro de um dado espaço geográfico. E, talvez um dia, com essa informação, descobrir maneiras de conter a difusão da epidemia.

Até aqui, ninguém tinha dissecado os genes virais à procura das voltas que o HIV deu. A epidemiologia da sida baseava-se no estudo das populações humanas afectadas. Mas agora, uma equipa internacional com participação portuguesa, liderada por Dimitrios Paraskevis, da Universidade de Atenas, na Grécia, decidiu fazê-lo.

O mapa do percurso do vírus (ou melhor, do vírus HIV-1 de subtipo B, o mais comum entre as populações europeias) por 16 países da Europa e Israel é hoje publicado na revista Retrovirology.

Portugal exporta

Várias conclusões: "Grécia, Portugal, Sérvia e Espanha são fontes disseminadoras do HIV-1", escrevem os investigadores; "Áustria, Bélgica, Dinamarca, Alemanha e Luxemburgo, pelo contrário, constituem alvos migratórios, enquanto Itália, Israel, Noruega, Holanda, Suécia, Suíça e Reino Unido apresentam migrações bidireccionais."

Um caso à parte é o da Polónia, onde "a maioria das infecções resultou de uma única introdução pontual" , concluem os autores. O que é compatível com o facto de cerca de metade dos seropositivos naquele país serem consumidores de drogas injectáveis.

Quanto a Portugal, a sua posição dentro da categoria dos países "exportadores" do vírus tem uma especificidade: a maior parte dos vírus "exportados" por Portugal foram-no para o Luxemburgo.

"A transmissão de Portugal para o Luxemburgo é o que menos me surpreende, tendo em conta o tamanho da comunidade portuguesa no Luxemburgo", diz ao PÚBLICO Ricardo Camacho, virologista da Universidade Nova de Lisboa e co-autor do estudo, numa entrevista telefónica. De facto, cerca de 13 por cento da população daquele país é de origem portuguesa.

"Já sabíamos há muito tempo que era assim", salienta. "Houve um ano desta década em que 86 por cento das pessoas diagnosticadas como seropositivas no Luxemburgo eram portugueses." A genealogia genética do vírus veio agora corroborar estes dados.

Transportado por turistas

A outra grande via migratória do HIV parece ser o turismo. "Os destinos turísticos mais populares, como Grécia, Portugal e Espanha, disseminaram provavelmente o vírus através de turistas infectados durante as suas férias", diz Paraskevis em comunicado.

"Presumo que Portugal seja um destino de turismo sexual", diz Camacho. "Portugal exporta HIV para outros países; nós encontrámos esta realidade e a explicação que nos ocorre é que ou foram pessoas já infectadas que emigraram para outros países, ou foram turistas que vieram de férias e foram infectadas em Portugal."

Seja como for, os resultados sugerem, escrevem ainda os cientistas, que "as estratégias de intervenção devem também ser dirigidas aos turistas, viajantes e migrantes". Quanto a saber porque é que Portugal é destino de turismo sexual, essa é outra questão.

Quarta Maio 20, 2009 11:18 / netxplica.com

Henrique Barros critica estudo que fala em exportação de Sida


O coordenador nacional da Infecção VIH/Sida, Henrique Barros, alertou para a mistura de «conceitos perigosos» num estudo divulgado hoje que aponta Portugal como país exportador de Sida.
O estudo científico, hoje publicado na revista Retrovirology e divulgado pelos jornais Público e i, revela que Portugal é um dos quatro países que mais exportam o vírus da Sida, a par da Espanha, Grécia e Sérvia.

O Luxemburgo surge no estudo como o país com maior incidência de infecções por via externa. Os investigadores sugerem que a taxa de incidência no país estará directamente relacionada com o facto de 13 por cento da população ser constituída por imigrantes portugueses.

Em declarações à agência Lusa, o epidemiologista Henrique Barros afirmou que no estudo se misturam «conceitos perigosos de migração do vírus com o conceito tradicional de migração de pessoas».

«Fazem-se algumas inferências na discussão que podem ser mal interpretadas porque dá a ideia de que os imigrantes é que são responsáveis pela transferência da infecção. Ao mesmo tempo diz-se que são países que têm muitos viajantes, muitos turistas, e pode haver aqui uma espécie de mistura que, obviamente, não é fácil de mostrar».

Henrique Barros ressalvou que a infecção por VIH é muito prevalente em Portugal e é «aceitável que haja esses cruzamentos».

«As pessoas movimentam-se e os vírus movem-se com as pessoas, mas todas estas técnicas laboratoriais e estatísticas são extremamente complexas e muito falíveis. Não se pode tirar daqui ilações de natureza de política de saúde», sublinhou.

De acordo com o responsável, o próprio artigo tem algumas cautelas, afirmando que «não se pode inferir as vias migratórias através destas análises de filogenia».

«Isto são técnicas extremamente complexas, de difícil análise e muito sujeitas a erros variados», acrescentou.

O coordenador nacional da infecção VIH/Sida manifestou-se ainda preocupado com o impacto que o estudo poderá ter.

«Preocupa-me especialmente se começamos a imaginar que são os turistas, as pessoas que viajam ou os imigrantes que andam a propagar o vírus», quando é um problema de educação e de medidas de preparação adequadas, sustentou.

O estudo partiu de uma análise filogenética molecular, que permite detectar a evolução do vírus conforme se vai mutando por transferência ou dentro do próprio organismo.

Do projecto, patrocinado pela Comissão Europeia, resulta um mapa com os principais caminhos de propagação do subtipo B do VIH-1, o mais comum no espaço europeu, em 17 países da UE e Israel.

O último relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação epidemiológica da infecção VIH/Sida refere que a 31 de Dezembro de 2008 se encontravam 34 888 casos notificados.

O maior número de casos notificados é de utilizadores de drogas por via endovenosa, representando 42,5 por cento de todas as notificações, reflectindo a tendência inicial da epidemia no País.

O número de casos associados à infecção por transmissão sexual (heterossexual) representa o segundo grupo com 40,0 por cento dos registos e a transmissão sexual (homossexual masculina) apresenta 12,3 por cento dos casos.

As restantes formas de transmissão correspondem a 5,2 por cento do total. Os casos notificados de infecção VIH/SIDA que referem como forma provável de infecção a transmissão sexual (heterossexual) apresentam uma tendência evolutiva crescente.

Citando os dados do INSA, Henrique Barros disse que Portugal está «numa fase de diminuição do número de casos, provavelmente como reflexo do aumento da prevenção, no tratamento».

«Saber se isto é sustentável só o tempo o poderá dizer», comentou à Lusa.


Diário Digital / Lusa
21.05.2009

Quinta Maio 21, 2009 15:58 / netxplica.com

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